A violência no trânsito mata mais do que a guerra.
No
Brasil, mais de 35 mil pessoas por ano são vítimas dessa chacina, sendo
que mais de 1300 só em São Paulo. Sem contar os inúmeros feridos,
mutilados e traumatizados de diversas formas, as famílias
desestruturadas, os filhos que ficam sem os pais – ou o contrário. Uma
realidade triste, revoltante e que precisa ser colocada na ponta do
lápis, quando pensamos no custo real do automóvel.
As mortes provocadas pela poluição também estão no preço que pagamos
pelo desenvolvimento rodoviarista das nossas cidades. Ou você acha
normal termos uma constante camada cinza cobrindo a cidade? Vivemos numa
bolha venenosa, que tira vidas por todos os lados e leva os louros da
glória.
A verdade precisa ser dita, escancarada! Nesse sentido, os Movimentos Viva Vitão e Não Foi Acidente lançam no dia 21 de setembro, sexta-feira – às vésperas do Dia Mundial Sem Carro – o documentário Luto em Luta, que promete “evidenciar a situação de barbárie que vivemos em nosso trânsito e, dessa maneira, conscientizar as pessoas”.
Com direção de Pedro Soffer Serrano, o filme entra em cartaz em nove salas da Rede Cinemark de São Paulo (consulte a programação) e já tem pedidos de exibições também em outras cidades.
O documentário mostra histórias como a de Juliana Dias, ciclista atropelada por um ônibus na Av. Paulista, de Vitor Gurman, que inspirou o movimento Viva Vitão, e de Bruna e Miriam Baltresca, que deu origem ao movimento Não Foi Acidente. São seis casos no total.
Com depoimentos emocionantes de amigos e parentes, o filme mostra
como esses “acidentes” são tratados de maneira irresponsável e cotidiana
pela população e autoridades, desde o processo corrupto para tirar uma
habilitação até as punições brandas para quem comete um crime de
trânsito.
Os carros precisam ter um uso racional e moderado. E quem ainda
dirigir de maneira imprudente, colocando a vida das outras pessoas em
risco, não pode ficar impune.
Fonte: http://vadebike.org

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